
Um fato estranho chamou atenção no Barradão, também na Ilha do Retiro, uma faixa da torcida do Vitória dizia, “vergonha do Nordeste” com uma seta apontada para a torcida visitante.
É uma faixa que vai muito alem do que apenas lido. Não é apenas mais uma ofensa gratuita contra o adversário, mas sim uma ideologia que vai mais alem.
A indignação das torcidas nordestinas são a respeito dos próprios nordestinos que preferem torcer por times de outras regiões, mas isso é dependente de dois fatores.
O primeiro é a grande transmissão da rede Globo, que transmite apenas jogos de cariocas e mais atualmente a rede Bandeirantes, que transmite os times paulistas.
E o outro fator é a falta de times qualificados na região para torcer. E a falta de crenças em seus times locais.
A grande alta concentração de clubes em uma região atrapalha muito a um clube ter paixão por um clube.
Alguns exemplos de clubes internacionais mostram bem o que faltam aos brasileiros. Em alguns lugares existem apenas um clube na cidade, que concentra todo o apoio, e detalhe não precisa ser uma grande metrópole. Vide Blackburn, Barnsley, Atlético Tucuman, entre outros clubes.
Mas no Brasil o futebol está cada vez mais monopolizado, estamos com seis clubes paulistas, mais três cariocas e dois mineiros. Mais da metade estão na região Sudeste e se considerar a região Sul também esse numero vai aumentar para 15 dentre 20 clubes.
Um clube de cidade que não tem apoio é o Barueri, time que recebe o apoio da prefeitura local, tem um ótimo estádio para uso, faz uma boa campanha em seu primeiro ano de série A. Mas os números mostram que a média de publico do Barueri é de apenas 4 mil pessoas.
Agora voltando à faixa. De fato é uma vergonha um torcedor abandonar os clubes locais, que estão indo de mal a pior e não conta com o apoio das grandes federações. É preciso conscientizar que quem manda é o torcedor, quanto maior o numero de torcedores- clientes mais seu clube cresce e seu nome ganha mais força no cenário nacional.
Vamos apoiar o clube de nossa região ou estado. Não sejam “modinhas” torcedores que mudam com a maré. Façam como a torcida do Vitória, Sport e principalmente do Náutico, que está comparecendo em massa aos Aflitos.
Bismarck
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