terça-feira, 21 de abril de 2009

E agora são paulinos?

Após o fim do primeiro jogo no Pacaembu Muricy previu que São Paulo e Palmeiras fariam a final do Paulistão. Leco chamou Ronaldo de ex-jogador. E a diretoria tricolor mudou o planejamento da Libertadores em troca da vitória no clássico.
O ambiente era muito favorável ao São Paulo, Morumbi cheio, 45 mil pessoas, Rogério foi dar aquela força aos atletas, que na teoria deveria jogar por ele. Os jogadores estavam poupados e havia apenas duas perdas.
Corinthians e São Paulo entraram com três atacantes, no entanto o terceiro, e novidade, Dagoberto jogou mais como um meia do que um atacante. Muita fumaça e efetivamente sucumbiu a marcação alvinegra. Já os três atacantes corintianos eram três quando o Corinthians tinha a bola, sem a bola era apenas um, Ronaldo, Jorge Henrique e Dentinho marcavam os laterais tricolores.
Com o sistema defensivo do timão muito seguro, o São Paulo levou perigo apenas em lances de erros da arbitragem, já o timão explorou os contra ataques, contudo errava muitos passes.
Na volta do intervalo o tricolor veio disposto a vencer, afinal era o resultado que precisava. Com trinta segundos Borges cabeceou a bola na trave de Felipe. Minutos depois o goleiro corintiano teve que fazer outra boa defesa. Até que apareceu ele, aquele que o Leco havia dito que estava aposentado. Ronaldo recebe a bola na esquerda, vira o jogo para Jorge Henrique, que sozinho chutou a bola na trave, no rebote Douglas não perdoou.
Em seguida, Cristian deu um belo passe de três dedos. E na corrida o “ex-jogador” do Corinthians ganhou na corrida de Rodrigo e só teve o trabalho de tirar a bola do alcance de Bosco. Agora o São Paulo precisaria virar o jogo para classificar.
Na frente no placar o Corinthians começou a tocar a bola, a torcida, cerca de cinco mil, foi ao delírio, escutava- se no Morumbi gritos de “olé”. Mano sacou Ronaldo e colocou o zagueiro Diego, praticamente o golpe de misericórdia, a partir daí Dagoberto não ganhou nenhuma bola, Diego foi soberano no lado esquerdo. Ao ponto de o técnico tricolor gritar ao atacante para não desistir.
Como não desistir? O time do São Paulo se entregou. O Corinthians por 35 minutos comandou o jogo, perdeu inúmeras chances de golear os rivais. No entanto, a festa estava garantida.
Na saída do jogo Ronaldo citou o motivo de seu esforço a mais, Leco, e revidou a provocação dizendo que o dirigente havia dito merdas e duvidaria se ele voltaria para dizer besteiras. De fato, Ronaldo não precisaria dizer mais nada, pois esse senhor, que deveria cuidar dos negócios de sua equipe, nunca mais vai se atrever a duvidar de um jogador do nível e da história de Ronaldo.
E agora planejadores são paulinos, o que será do São Paulo? Tomará que tenham sorte e não enfrente logo de cara alguma pedreira, mas a partir das quartas de finais o Libertadores será cruel com os tricolores. Não se poder falhar na Libertadores, e essa falha pode ter sido fatal

Bismarck

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